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O Silêncio dos Inocentes: quando o amor sussurra pedidos de socorro...

Por Lilian Neves


Carla e Paulo eram um jovem casal tentando fazer dar certo. No fim do mês, dividiam contas, preocupações e sonhos. Trabalhando duro, planejavam aumentar a família — mas o que deveria unir, passou a desgastar. Algo invisível estava crescendo entre eles: um silêncio cheio de tristeza, mágoas e interpretações distorcidas.

Paulo, impulsivo e prático, sempre acreditou que resolver tudo sozinho era sinônimo de cuidado. Quando o micro-ondas quebrou, correu para comprar outro. Parcelou em 12 vezes, colocou a fatura junto das contas e seguiu confiante: ele achava que estava facilitando a vida da esposa.

Mas Carla, ansiosa e meticulosa, vivia o mundo pelos detalhes. Para ela, planejamento era sinônimo de segurança. Ao ver aquela fatura escondida entre os papéis, sentiu um choque de indignação: “Como ele toma uma decisão dessas sem me consultar?”

O que ela enxergou não foi cuidado — foi desconsideração.

Ferida, recolheu-se num silêncio punitivo. Respondia com frieza, evitava olhar nos olhos, deixava Paulo perdido tentando adivinhar o motivo. Ele tentava conversar… e ela oferecia apenas monosílabos. Dois mundos inteiros tentando se comunicar por códigos diferentes — e fracassando.

Com o passar dos dias, o abismo cresceu. Dividiam o mesmo teto, mas não o mesmo chão emocional.

Carla dizia à mãe que havia se casado com um homem irresponsável. Paulo dizia aos amigos que a esposa era ingrata.

Ambos estavam sofrendo. Ambos queriam ser compreendidos. Ambos se sentiam sozinhos — mesmo dentro da relação.


O problema não era o micro-ondas. Era o silêncio.


Quando a comunicação desaparece, a imaginação assume o controle — e geralmente imagina o pior. Cada um cria uma história própria, sem verificar se ela é real.

Histórias mal contadas geram:

  • ressentimento

  • afastamento

  • punição silenciosa

  • interpretações equivocadas

  • conflitos que poderiam ser evitados

O silêncio entre Carla e Paulo não era maturidade. Era medo. Era orgulho. Era desconhecimento sobre como dialogar sem ferir.


Por que isso acontece?


Porque a comunicação não é só o que dizemos. É também o que calamos.E, principalmente, o que nossas atitudes gritam.

Paulo era impulsivo — agia rápido, sem comunicar. Carla era ansiosa — precisava de previsibilidade.

Dois modos opostos de tentar cuidar. Duas linguagens diferentes de amor.

Quando não compreendemos essas linguagens, criamos inimigos invisíveis dentro do relacionamento.


A ponte existe — e começa pelo diálogo franco


Conversas sinceras, sem acusações, são capazes de desfazer mal-entendidos profundos. Quando o casal compreende não apenas as palavras, mas as intenções e vulnerabilidades um do outro:

  • diferenças viram complementaridade

  • defeitos viram potência

  • conflitos viram crescimento

  • o que parecia ofensa vira pedido de ajuda

O diálogo consciente devolve humanidade ao vínculo.


E você? Será que também silencia quando precisa falar?


Será que, como Carla, você já puniu com silêncio? Ou, como Paulo, já sentiu que seus gestos foram mal interpretados?

A má comunicação é um terreno fértil para:

  • frustração acumulada

  • desgaste emocional

  • afastamento afetivo

  • sensações de abandono

  • separações evitáveis

Mas ainda há tempo. Sempre há tempo para restituir a voz.


Sua história importa


Se esta situação ecoa algo em você, deixe sua reflexão abaixo. Sua experiência pode iluminar o caminho de alguém vivendo um silêncio semelhante.

Escreva. Compartilhe. A V@z Ativ@ é um espaço para transformar dores em consciência.


Convite à Conversa


Já viveu algo parecido como Carla e Paulo? Deixe sua mensagem. Ela pode começar a transformar o que está adormecido dentro de alguém.


Nota de Convivência Consciente

Para proteger este espaço de troca, seguimos três princípios:

  1. Respeito — cada história é um universo.

  2. Cuidado — evite julgamentos.

  3. Presença — ofereça acolhimento, não disputa.

Somos uma comunidade de vozes que se escutam.


Convite a um novo conhecimento


Já teve curiosidade para saber como funciona uma terapia de casal na prática?


Carla e Paulo, ao perceberem que o silêncio estava se transformando em distância irreversível, buscaram ajuda profissional. Foi assim que chegaram à terapeuta Mirtes — uma mulher experiente, sensível e direta, capaz de traduzir o que eles não conseguiam mais dizer um ao outro.

A partir dessa inspiração nasceu o Ebook compacto“ Primeira Sessão — Quebrando o Silêncio: Terapia de Casal”. Nele, você acompanha uma sessão completa, compreendendo não só a dinâmica terapêutica, mas também os entraves emocionais que afetam tantos relacionamentos nos dias de hoje.

A história é ficcional, mas ecoa desafios muito reais — talvez alguns que você também já viveu ou testemunhou.

Se quiser se aprofundar e entender como a escuta profissional pode transformar vínculos, visite nossa página de produtos e garanta o seu exemplar.

 
 
 

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