O Silêncio dos Inocentes: quando o amor sussurra pedidos de socorro...
- LILIAN NEVES

- 23 de nov.
- 3 min de leitura
Por Lilian Neves
Carla e Paulo eram um jovem casal tentando fazer dar certo. No fim do mês, dividiam contas, preocupações e sonhos. Trabalhando duro, planejavam aumentar a família — mas o que deveria unir, passou a desgastar. Algo invisível estava crescendo entre eles: um silêncio cheio de tristeza, mágoas e interpretações distorcidas.
Paulo, impulsivo e prático, sempre acreditou que resolver tudo sozinho era sinônimo de cuidado. Quando o micro-ondas quebrou, correu para comprar outro. Parcelou em 12 vezes, colocou a fatura junto das contas e seguiu confiante: ele achava que estava facilitando a vida da esposa.
Mas Carla, ansiosa e meticulosa, vivia o mundo pelos detalhes. Para ela, planejamento era sinônimo de segurança. Ao ver aquela fatura escondida entre os papéis, sentiu um choque de indignação: “Como ele toma uma decisão dessas sem me consultar?”
O que ela enxergou não foi cuidado — foi desconsideração.
Ferida, recolheu-se num silêncio punitivo. Respondia com frieza, evitava olhar nos olhos, deixava Paulo perdido tentando adivinhar o motivo. Ele tentava conversar… e ela oferecia apenas monosílabos. Dois mundos inteiros tentando se comunicar por códigos diferentes — e fracassando.
Com o passar dos dias, o abismo cresceu. Dividiam o mesmo teto, mas não o mesmo chão emocional.
Carla dizia à mãe que havia se casado com um homem irresponsável. Paulo dizia aos amigos que a esposa era ingrata.
Ambos estavam sofrendo. Ambos queriam ser compreendidos. Ambos se sentiam sozinhos — mesmo dentro da relação.
O problema não era o micro-ondas. Era o silêncio.
Quando a comunicação desaparece, a imaginação assume o controle — e geralmente imagina o pior. Cada um cria uma história própria, sem verificar se ela é real.
Histórias mal contadas geram:
ressentimento
afastamento
punição silenciosa
interpretações equivocadas
conflitos que poderiam ser evitados
O silêncio entre Carla e Paulo não era maturidade. Era medo. Era orgulho. Era desconhecimento sobre como dialogar sem ferir.
Por que isso acontece?
Porque a comunicação não é só o que dizemos. É também o que calamos.E, principalmente, o que nossas atitudes gritam.
Paulo era impulsivo — agia rápido, sem comunicar. Carla era ansiosa — precisava de previsibilidade.
Dois modos opostos de tentar cuidar. Duas linguagens diferentes de amor.
Quando não compreendemos essas linguagens, criamos inimigos invisíveis dentro do relacionamento.
A ponte existe — e começa pelo diálogo franco
Conversas sinceras, sem acusações, são capazes de desfazer mal-entendidos profundos. Quando o casal compreende não apenas as palavras, mas as intenções e vulnerabilidades um do outro:
diferenças viram complementaridade
defeitos viram potência
conflitos viram crescimento
o que parecia ofensa vira pedido de ajuda
O diálogo consciente devolve humanidade ao vínculo.
E você? Será que também silencia quando precisa falar?
Será que, como Carla, você já puniu com silêncio? Ou, como Paulo, já sentiu que seus gestos foram mal interpretados?
A má comunicação é um terreno fértil para:
frustração acumulada
desgaste emocional
afastamento afetivo
sensações de abandono
separações evitáveis
Mas ainda há tempo. Sempre há tempo para restituir a voz.
Sua história importa
Se esta situação ecoa algo em você, deixe sua reflexão abaixo. Sua experiência pode iluminar o caminho de alguém vivendo um silêncio semelhante.
Escreva. Compartilhe. A V@z Ativ@ é um espaço para transformar dores em consciência.
Convite à Conversa
Já viveu algo parecido como Carla e Paulo? Deixe sua mensagem. Ela pode começar a transformar o que está adormecido dentro de alguém.
Nota de Convivência Consciente
Para proteger este espaço de troca, seguimos três princípios:
Respeito — cada história é um universo.
Cuidado — evite julgamentos.
Presença — ofereça acolhimento, não disputa.
Somos uma comunidade de vozes que se escutam.
Convite a um novo conhecimento
Já teve curiosidade para saber como funciona uma terapia de casal na prática?
Carla e Paulo, ao perceberem que o silêncio estava se transformando em distância irreversível, buscaram ajuda profissional. Foi assim que chegaram à terapeuta Mirtes — uma mulher experiente, sensível e direta, capaz de traduzir o que eles não conseguiam mais dizer um ao outro.
A partir dessa inspiração nasceu o Ebook compacto“ Primeira Sessão — Quebrando o Silêncio: Terapia de Casal”. Nele, você acompanha uma sessão completa, compreendendo não só a dinâmica terapêutica, mas também os entraves emocionais que afetam tantos relacionamentos nos dias de hoje.
A história é ficcional, mas ecoa desafios muito reais — talvez alguns que você também já viveu ou testemunhou.
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